O meu mundo estava em ruínas e por mais que eu tentasse segurar firme, eu estava apenas conseguindo o stress e a aflição como resultado.
Neste momento me encontrei com o Xamã boliviano Roman no centro velho de São Paulo.
Roman me disse : ” Thillai o chá esta te chamando!”
No próximo sábado fui ao ritual do Chá, distante dois quarterões da querida Avenida Paulista.
A noite estava cheia de estrelas, coisa quase impossível de se ver no luar paulistano.
Ao chegar ao ritual eu vi que o Roman havia feito uma belíssima fogueira, e que havia mais 16 pessoas presentes no ritual. A fogueira me fez recordar minha infância numa fazenda do estado do Mato Grosso do Sul, onde eu cresci divinamente a volta de fogueiras, onças pintadas, céu estrelado , muito mato verde, risos e histórias.
Mas ali não era mais o sertão, e nem eu era mais criança. Apenas uma mulher na idade da loba querendo se livrar dos problemas.
Eu disse ao Roman:
– ” Roman eu vim porque quero saber porque estou passando por tantos problemas,”
– ” Thillai é a vida!” O Roman me respondeu com um sorriso sábio nos lábios.
O ritual começou. E logo o chá me mostrou como eu construí meu Karma, em algumas de minhas vidas passadas!
Eu me vi numa vida onde eu era um menino no continente africano. Eu estava brincando com meu melhor amiguinho, e sugeri que nós pulássemos de um lado para o outro numa grande cachoeira.
Eu pulei primeiro, conseguindo atravessar para o outro lado, mas na vez de meu amiguinho, ele não conseguiu atravessar. Eu não dei a minha mão a ele na intenção de salva-lo, porque instantaneamente, eu percebi que se desse a minha mão. Nós dois morreríamos. Então ele caiu na cachoeira!
Na segunda vida eu me vi como um poderoso clérigo da igreja católica na Europa, e tinha um homem que estava me desafiando. Então com o meu poder; eu consegui que ele fosse queimado vivo em uma fogueira.
Quando os soldados o colocaram na fogueira, e enquanto ele estava se queimando. Eu fiquei olhando sentado em minha cadeira usufruindo o prazer do meu poder.
Em outra vida eu era uma bailarina na Índia.
Depois do ritual nós nos sentamos a volta da fogueira.
E eu fiquei ali a volta da fogueira me iluminando com a sabedoria milenar do fogo rei!
Eu te convido para você vir comigo nesta viagem xamanica!
Para fazermos uma fogueira nós precisamos colocar madeiras, tem vezes que colocamos madeiras que têm pregos,e esses pregos não podem ser dissolvidos pelo rei fogo. Podemos fazer fogueiras enormes e fogaréus.
Agora Imagine que sua vida é como uma fogueira e que a lenha ou madeira representam os seus problemas diários.
Os fogaréus só precisam de pequenos desafios.
Os fogaréus são as pessoas que levam uma vida rotineira, entra ano e sai ano, a vida continua na mesmice, a mesma cidade, o mesmo emprego, os mesmos amigos, a mesma religião, as tradicionais e confortáveis crenças e conversas de bar. Esses pequenos fogaréus ficam a volta de pessoas grandiosas sungando a energia delas, Ou apenas ficam acompanhando a vida das grandes fogueiras pelos jornais, revista e pela TV. Eles sonham em um dia ser uma delas.
Tem as fogueiras medianas. Essas fogueiras tem grandes desafios, alguns veem com pregos, apesar de resolver os problemas e as dificuldades, as marcas ficaram para sempre. Essas são as pessoas com coragem de enfrentar novos desafios,crenças e mudanças.
Ha fogueiras enormes como Obama, J. K. Rowling, Milley Cyrus, Beyonce, Justin Bieber Etc…
Ayrton Senna era tão grande que um pais inteiro se aquecia da luz dele.
Mas quando a lenha (desafios) se acabam a fogueira chega ao fim. Porque a fogueira do Ayrton se apagou?
Tem vezes que o que fazemos não nos da mais prazer, queremos novos desafios. Mas não temos coragem de abandonar o seguro, pensamos nos nossos fãs, na nossa família, nos nossos compromissos. E não seguimos nosso coração, preferimos a responsabilidade do ser para os outros.
A água da grande chuva pode destruir completamente o fogo.
Porem antes da chuva cair, o tempo começa a mudar, muitas vezes ficando completamente escuro.
No momento que nós percebemos os sinais da mudança meu amigo e hora de ouvirmos nossa intuição, e seguir nosso coração.
No dia que o fogo dele apagou completamente o espírito dele nem queria estar naquela corrida. Provavelmente o Ayrton não queria mais os velhos desafios. Mas como não queria decepcionar fogaréus e fogueiras medianas, não seguiu o espírito dele.
Noutras vezes a chuva cai fraquinha, não podendo nos destruir completamente, apenas diminui nosso fogo, para nós nos recolhermos, para nos prepararmos para os novos desafios.
Finalmente o ritual terminou e o Roman me perguntou:
– ” E ai Thillai como esta se sentindo em relação aos problemas da vida? ”
– ” Roman ao chegar aqui, eu não estava aceitando meus problemas. a chuva de granito estava destruindo meu pequeno fogo. Agora nada mais me estressa, porque sei que é hora de deixar o que construí até agora e partir para novos desafios que virão. Respondi feliz
Deste de criança eu tenho um sentimento de que nasci para ser uma grande fogueira. Cheguei a ser uma fogueira mediana, sei que colaborei para profundas mudanças em vidas de pessoas que talvez nem nascerão ainda.
Mas aquilo que um dia já tinha sido minha razão de viver, já não estava mais me satisfazendo.
Neste momento estou me sentindo como uma pequena menina, tendo que recomeçar do ponto zero.
A chuva de granito apagou grande parte do meu fogo, mas não o destruiu. E agora estou pronta para recomeçar com novos desafios.
Reaprendendo a fala com nova uma linguá.
Descobrindo um mundo novo.
Uma grande líder sempre terá grandes desafios, e apreciara a oportunidade de aprendizagem e crescimento.
Estou decidida a iluminar e aquecer o mundo com meu calor e a minha luz.
O Que Da a Luz Deve Suportar a queima.