Eu me boicotei a vida toda, nas minhas relações amorosas.
Eu nunca escolhi o caminho do relacionamento amoroso, onde eu era realmente respeitada e amada.
Eu fiz o possível e impossível para me boicotar. Eu sempre escolhi os “Bad Boy”
Eu nunca consegui entender porque.
E muitas vezes me questionei:
– ” Porque eu faço escolhas, que não são as melhores para mim? Mas os meus autos-questionamentos não me impediram de destruir minhas possibilidades de ser feliz no amor.
Como o jogador do Suárez, da seleção de futebol do Uruguai. Que foi o mais prejudicado, com as mordidas que ele deu ao longo da vida . Mas que continua repetindo o ato de morder, não se importando com o resultado final.
Porém graças ao atos do jogador Juares e minha amiga Silvia. Finalmente eu compreendi, os meus próprios atos de auto sabotagem.
A minha amiga Silvia teve a sorte de crescer numa família grande, feliz, festeira e maravilhosa.
Nos feriados toda família de Silvia se reunia na casa dos avós de Silvia.
As mulheres cozinhavam, as crianças brincavam e os homens jogavam.
Eles nunca brigavam. Ele nunca usavam palavras pejorativas.
Em qualquer relação existe conflitos.
Imagine uma grande família com 30 pessoas.
Como eles lidavam com os conflitos familiares?
Eles resolviam os conflitos, falando pelas costas.
É isso mesmo, os conflitos eram resolvidos com fofocas.
A mãe de Silvia, a dona Augusta, e as tias de Silvia a dona Francisca e a dona Benedita quando estavam juntas falavam mal de outra tia da Silvia a dona Dionísia.
E a dona Benedita era a ponte. Quando ela estava com dona Dionísia ela contava todos os segredos da dona Augusta e dona Francisca para a Dionísia que dizia:
– ” E ai Benedita me conta o que esta acontecendo com a Augusta…..”
Na reuniões familiares, elas eram as melhores amigas, mas pela costas o veneno corria solto, principalmente a respeito da maldosa tia Dionísia.
A Silvia então decidiu, que quando ela crescesse, ela iria ser boazinha, para ninguém falar mal dela pelas costas
Mas a pequena Silvia não sabia, das dores e do sofrimento que aquelas mulheres adultas passavam.
O choro contido, o orgulho ferido, a baixo estima e a inveja dos perdedores.
A dona francisca tinha um marido alcoólico, que gostava de “um rabo de saia” .
A Dona Benedita também tinha um marido alcoólico, que muitas vezes, acabou na prisão, nos finais de semana por beber alem do limite.
A mãe de Silvia tinha um marido que passava as noites fora com outras mulheres, inclusive prostitutas.
Naquela época as maioria da mulheres, não tinham carreira profissional. O unica forma de apreciação e valorização social e pessoal era conquistado através do casamento.
O tio de Silvia seu Manuel marido da dona Dionísia, não bebia e nem tinha amantes e não saia com prostitutas.
Ele como o pai da Silvia e os outros tios, era um pobre assalariado, mas ele não gastava o dinheiro pagando a conta dos amigos no bares, e não gastava o dinheiro com as outras mulheres. Todo o dinheiro dele, era gasto com a própria família. Tornando a família dele a mais estabilizada economicamente, da grande.
Então a pequena Silvia “entendeu” que se:
Uma mulher tiver um marido que a ama, a respeita e a coloca em primeiro lugar. Um marido todos os compromissos sociais são junto com a esposa, e não com a outra. Um marido que passa o tempo de lazer com a família, e não com os amigos do bar. Todos irão falar mal daquela mulher.
A mulher que tiver sucesso amoroso, sera uma mulher maldosa.
E quando a Silvia decidiu ser uma mulher boazinha! Ela decidiu jamais ser vencedora no relacionamento amoroso.
Observando minha amiga Silvia e o jogador de futebol Juares.
Eu percebi que eu também vinha agindo da mesma maneira por anos.
A minha mordida, era nos meus relacionamentos afetivos, com os homens que me amavam e me respeitavam.
Eu era a pequena Silvia, que queria ser boazinha, que iria fazer de tudo, para que ninguém nunca falasse mal dela.
Mas agora eu tenho a resposta do meu problema, e sei que estou consciente e tenho a capacidade para fazer escolhas melhores.
E se outras mulheres se reunirem para falar mal de mim.
Eu saberei que eu não faço parte da conversa.
Elas simplesmente, são mulheres com uma dor profunda, tentando se sentir superior, para apagar a dor.
Em torno de 1890 a 1990 nós tivemos uns 100 anos de grande revolução tecnológica.
A revolução ocorreu nos meios de transportes, nas comunicações, na cultura, na medicina, na moda etc..
As pessoas não queriam mas viver na escuridão, se criou a eletricidade.
Elas queriam viajar a lugares distantes em curto tempo, foram inventados o carro, o avião e o foguete.
As pessoas desejavam se comunicar mais rapidamente com as pessoas que se encontravam a distancia; então a sociedade criou o telefone, o satélite, o computador e a internet.
E as mulheres não queriam mais o espatilho se criou o jérsei.
Nesses cem anos a humanidade avançou o que não havia avançado por séculos.
Nomes como Channel, Albert Einstein, Santos Dumont, etc…; ficaram na história.
Alguns utilizaram todo esse desenvolvimento para destruição, outros para ficarem multimilionários, outros para fazerem a vida mais fácilrápida e confortável.
A tecnologia afetou muitas vidas, e muitos não tiveram grande acesso a ela.
Eu acredito que em torno de 1970 começamos a transição para outra revolução: A Revolução Humana
A Nossa Revolução Humana é cumprir nossa missão aqui, que é, sermos felizes.
Talvez estejamos totalmente perdidos sem saber o que essa transformação no fara ou aonde nos levará.
Nós compramos livros de auto ajuda, mudamos de religião, assistimos reality shows.
Hoje nós não queremos viver os velhos modelos sociais de relacionamentos como o namoro, o noivado e o casamento tradicional, tão conhecido e seguro, mas que não nos preenche mais.
O divórcio com famílias dolorosamente separadas não nos satisfaz idem.
E nos tornamos mais cansados, angustiados, machucados e perdidos.
Parece que estamos fazendo tudo errado, reinando a insatisfação no fundo do nosso coração que por sinal não confiamos. .
Nós não sabemos qual o caminho que devemos seguir e se o caminho escolhido valera a pena.
Por que arriscar? Porque amar?
Quem sabe se ficarmos quietinhos, não sofreremos.
Todavia se não arriscarmos e mudarmos, como poderemos saber o resultado?
Do mesmo jeito que a revolução tecnológica não foi igual para todos, a revolução humana também não o será.
Mas quero sonhar com a minha revolução pessoal .
E quem sabe, ser uma grande inspiradora para meus contemporâneos, como os pioneiros na tecnologia foram para seus contemporâneos
Quero ter o poder de criar relações felizes em minhas mãos.
Eu quero aprender a vencer todos os dias.
Eu quero os meus relacionamentos na minha lista de prioridades, antes das compras, da tecnologia e das contas.
Eu quero relacionamentos cósmicos onde possamos reconhecer a liberdade um dos outros de sermos o que somos.
Que possamos mostrar nossa alma uns ao outros apenas na troca de olhar, e que o outros sintam o que sentimos nessa troca de olhar.
Relacionamentos onde analisamos juntos tudo que esta perfeito e deve ser conservado e tudo que esta ruim e deve ser mudado.
E introduzir tudo de novo que desejamos em nossos relacionamentos.
Que tenhamos como harmonia o desejo de agradar a nós mesmo, e não ao outro, não nos modificarmos para agradar aos outros.
Sermos auto suficiente, que o AMOR e a FELICIDADE sejam nossa estabilidade e segurança.
Termos dias programados e irradiados para brincarmos, jogarmos conversa fora e fazermos tudo que quisermos.
E ao construímos nossos relacionamentos, no revolucionamos humanadamente.
Criando um paraíso feliz, aqui neste momento e lugar.
No domingo Lisa, uma cliente da loja, me convidou para ir jantar na casa dela.
A Lisa tem 48 anos é divorciada, alta, loira, bonita, e super religiosa.
Ela tem o próprio negócio que ao meu ver, é um trabalho que ela pagou para ter .
O negócio dela é uma franchise, da bilionária e maior companhia mundial de entrega express; a Fedex fundada por Fred Smith .
Ela pagou pelo franchise 25 mil dólares, tem o caminhão da “companhia” e trabalha de segunda a sexta a partir das 7:00 horas da manha as 7:00 horas da noite.
O jantar estava maravilhoso, ela tinha feito lasanha, torta de macã e pão caseiro.
O único e grande problema, foi quando ela começou, mas uma vez com o:
“Eu e minha história infeliz, de relacionamentos com os homens”.
A história do ex marido problemático e do ex namorado mal .
Eu falei para ela:
-“ ok! Agora me conta a respeito do homem maravilhoso que “Deus preparou para você” .
Mas ela não conseguia criar um homem maravilhoso.
Eu dei vários exemplos como:
– “ O meu homem é maravilhoso, ele me da flores, presentes…”
Depois de um bom tempo, eu consegui mudar o foco do “negativo” para o “positivo”.
Apesar de não ser o que ela desejava,ver as coisas de uma maneira diferente, era muito para ela.
Mas eu fui embora sem o peso da negatividade…
Hoje antes de abrir a loja, fui na casa da Chris.
Chris nasceu numa família rica, estudou numa das melhores universidades do pais, morou na Alemanha, no Chile e em Los Angeles. Ela tem mais de 70 anos, e alta, bonita, e entende muito sobre artes e antiguidades.
Mas também esta negativa em relação a vida. Para cada solução, ela tem um problema.
Eu ria muito e falei:
– “ Chris eu irei gravar um vídeo de você falando. Para você assistir, e perceber sua negatividade em relação a tudo”.
ao contrario da Lisa que me aguentou. A Chris falou para mim três vezes:
– “Thillai go way”.
Eu estava aqui na loja, quando chegou minha campeá de negatividade: a Ellen!
A Ellen esta com mais de 50 anos, tem olhos azuis, um curto cabelo loiro, que agora ela tinge para encobrir os fios brancos, ela é baixa e usa maquiagem o dia todo.
Ellen nasceu de um pai alcoólatra que abusava da mãe. Apesar de Ellen morar a meio caldeirão da loja, o marido dela que é veterano da Guerra do Vietnã e esta com câncer, dirige ela ate aqui, e a fica esperando no carro.
Ellen não pode dirigir por problemas de alcoolismo. A policia a pegou dirigindo com excesso de álcool.
Ellen ama contar, “Eu e minha história triste” que já sei de trás para frente e de frente para trás.
Eu já convidei Ellen para vir a minha meditação varias vezes, porem ela nunca vem, é obvio que ela não quer mudar a historia de vida triste dela, somente repetir, repetir, e perpetuar.
Eu pensei com os meus botões, o que faço para escapar do:
(“ Eu e minha história triste da Ellen?”)
Então quando Ellen começou a velha e conhecida, eu e minha história triste.
A levei a parte da livraria da loja, as cadeiras da meditação, ainda estavam la.
Eu comecei a fazer meditação com ela.
Porem ela não queria parar e respirar nem por um minuto só entupir meu ouvido com:
” Eu e minha história triste”.
Eu pequei a mão dela e falei:
– ” Vem comigo.” Nós fomos no meu pequeno departamento de meninos, pequei uma bola de futebol e falei:
– “ Vamos jogar bola uma para outra e cada vez que você jogar, fale:
– “I am happy!”.
Jogamos um pouco, depois mudei a frase para:
– ” I’m Beautiful!”
Ellen quis que fizéssemos algo em minha língua.
Então eu ensinei para ela:
– ” Eu sou muito feliz!” Ela começou a repetir a frase em português direitinho.
Estávamos nos divertindo.
Finalmente ela foi embora, dizendo que iria voltar.
E eu vi que ela, pelo menos naquele momento tinha feito a transformação.
Eu não sou terapeuta. Mas a maioria dos meus clientes moram aqui, nesta cidade pequenina.
E eles não tem com quem conversar, as pessoas moram nestas casas enormes muitas vezes sozinhas.
Eles me dizem que sentem-se bem contando a mim suas:
“Eu e minha histórias tristes”, as vezes chorando!
Eu ouvia, tentando dizer que tudo no final iria dar certo….. blá, blá.
Mas percebi que eles nunca me ouviam, eles só queriam o meu ouvido…para o:
(eu e minha história triste)
A revolução humana começa a revolução pessoal de um simples indivíduo.
Numa entrevista do Nelson Mandela disse que os 27 anos de prisão foi necessário para a transformação pessoal dele.
E você qual é a sua história?
casual group of happy people isolated over white
Preste atenção em qual é a sua história.
Porque você não esta simplesmente falando, mas construindo seu futuro.
Agora me conta suas histórias alegres e felizes.
” Palavras são coisas. Você tem que ser cuidadoso, tome cuidado em como você chama as pessoas, usando pejorativos raciais, usando pejorativos sexuais e tudo que é ignorante. não faça isso. Algum dia nós seremos capazes de medir o poder das palavras. Eu penso que elas são coisas. Elas ficam na parede, no papel de parede. Elas ficam no tapete, no seu estofamento, nas suas roupas e finalmente em você.” Maya Angelo